Este
é apenas o começo do primeiro capitulo. Então continuem acompanhando o
blog, e sintam-se livres para fazer comentários! Espero que estejam
gostando, até a próxima.
(Para ler o capitulo clique em "mais informações")
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Previsão um:
Laurenne de
Gavriewallis
E
|
nquanto
os bardos percorriam os feudos, crianças animadas os perseguiam para ouvir suas
mágicas histórias. Até mesmo no distante feudo de Caerwyntc, no extremo leste
do país, sempre que aparecia alguém carregando um alaúde instantaneamente
formava-se uma multidão e ele se via obrigado a adentrar a taverna mais próxima
ou mesmo sentar-se ao chão para narrar uma de suas fábulas antes de conseguir prosseguir
a viagem. Apesar de serem muito populares não eram todos que gostavam deles. Um
exemplo disso era Alex, que não gostava das trágicas histórias dos heróis que
haviam morrido na guerra dos noventa e oito anos, das batalhas sangrentas e de
todas as outras aventuras enquanto exploravam reinos vizinhos e se aventuravam
em cavernas escuras.
Com apenas sete anos ele preferia ficar
correndo sozinho pelo bosque próximo de casa e utilizando pedaços de galho seco
para acertar árvores aleatórias, durante o tempo vago em que não ajudava o seu
pai, Demetrius, nas plantações. Enquanto as outras crianças sonhavam em serem
heróis e princesas, tudo que ele desejava era ter um emprego digno para que
pudesse ajudar a família e se tivesse sorte até mesmo se mudar da simples casa
de palha nos limites do feudo, para algo mais seguro.
Com oito anos começou a visitar o centro
do vilarejo e deixou os cabelos castanhos claros crescerem. Uma atitude que somada
as suas roupas remendadas resultou em varias provocações das demais crianças,
implicando sobre como ele parecia com uma garota. Normalmente era neste momento
que viam a fúria em seus olhos cinzentos e iniciava-se uma violenta briga, que
só era detida por algum adulto da aldeia e a essa altura uma das crianças já
estava com o nariz sangrando ou com um dos olhos roxo.
Graças ao constante trabalho para arar a
terra, plantar e colher – desde abobora até vagens – adquiriu gosto pelo
trabalho pesado. Com nove anos decidiu cortar o cabelo e começou a deixar de
ser o garoto franzino com quem os outros implicavam. Era o momento de procurar
um trabalho melhor do que ser um aldeão. Foi assim que resolveu participar da
escola de cavaleiros.
Apesar de seus pais serem contra, devido
a todos os riscos existentes nessa profissão, era um trabalho que normalmente
pagava bem se você tivesse talento e sorte. Afinal você dedicaria sua vida e a colocaria
em risco para proteger alguém da nobreza que talvez nunca aprendesse a
pronunciar corretamente o seu nome.
Como não era filho de nobre e não tinha
indicação alguma teria de contar simplesmente com a sorte. Dirigiu-se pela
primeira vez para o castelo que ficava na parte mais alta da vila, como na
maioria dos feudos, e tentou convencer um dos guardas do portão a deixá-lo
conversar com um dos instrutores.
– Você quer falar com um dos instrutores
do castelo? – Perguntou o guarda em tom de zombaria – Para que?
– Quero treinar para ser um cavaleiro –
Disse Alex da forma mais decidida possível.
– Alguma recomendação?
– Não e antes que pergunte meus pais
também não são da nobreza. São camponeses no limite do feudo.
– Sinto, mas não posso deixá-lo entrar –
Disse o outro guarda.
Alex virou-se, como se fosse ir embora e
sentou-se no chão. Ficou durante o dia todo esperando uma oportunidade de
conversar com alguém que estivesse de passagem. No dia seguinte fez o mesmo, e
continuou assim por mais quarenta dias até que a porta foi aberta por dentro e
um homem de barba por fazer e cabelos negros pediu que o seguisse. O garoto olhou
para os guardas que já simpatizados com ele, acenaram apoiando para que ele
entrasse.
– Qual é o seu nome? – Perguntou o homem
com uma voz grave e ressoante depois que adentraram o castelo.
– Alex Hollis.
O senhor virou-se e o encarou levantando
uma de suas sobrancelhas.
– Algum problema? – Perguntou Alex
nervoso.
– Não – Explicou ele enquanto o brilho
de seus olhos desaparecia – Eu sou Sir Conlan Sheridan. Você já ouviu falar de
mim?
– Não – Respondeu Alex sincero.
– Já esperava por isso – Disse Sir
Conlan com um suspiro – Por um acaso você sabe empunhar uma espada?
– Não.
– Montar a cavalo?
– Também não.
– Sabe ler? Escrever? Se portar diante
de um nobre?
– Não – Voltou a responder Alex sentindo-se
cada vez pior com a situação.
– Quantos anos você tem?
– Completei nove no ultimo mês.
– Um pouco velho. Normalmente os garotos
iniciam o treinamento aos sete anos. Parece que teremos um longo caminho e
muito tempo a recuperar.
Continuaram a caminhar pelos campos
gramados do interior do castelo. Não aguentando o silêncio e a curiosidade,
Alex perguntou:
– Desculpe Sir Conlan, mas porque o
senhor permitiu que eu entrasse no castelo?
– Não era isso que você queria? –
Revidou a pergunta interrompendo a caminhada bruscamente.
– Sim, eu realmente queria isso. Mas não
possuo indicação, nem conhecimento. Como o senhor mesmo disse, eu já sou velho
se comparado aos outros alunos que iniciam sua trajetória aqui.
– Tudo que eu procuro em um pupilo é
determinação. Pelo que eu vi nos últimos dias, isso você tem de sobra.
O garoto ficou constrangido.
– E não vá ficando convencido garoto,
ainda não tenho certeza se você é o que eu procuro. Irei fazer um teste, se
dentro de um mês você não conseguir me provar que é apto, irá retornar para o
campo de onde você veio. Só depois desse teste irá ser considerado um pupilo em
treinamento. Então é melhor tirar esse sorriso do rosto.
– Sim senhor – Disse Alex tentando ficar
o mais sério possível.
Quando Sir Conlan virou-se e voltou a
andar, ele abriu um sorriso.
Parabéns, você escreve muito bem. Espero que publique o livro em breve para que eu possa ler. beijos
ResponderExcluirEstou aqui como lhe prometeste.
ResponderExcluirDemorei um tanto, pois, uma das ferraduras de meu equino soltou-se e fora uma longa jornada antes de encontrar um ferreiro que me fizesse um bom fiado. Contudo, deu-me para entrar na história, e, posso afirmar-vos que me adaptei com vosso clima hostil.
Em breve vos falarei novamente.
Abraços.
Sir O.Heinze