Prólogo



No céu as nuvens escuras transformava o fim do dia em noite. Pesadas gotas caiam com força e os eucaliptos na floresta à frente, além de não fornecerem abrigo contra a chuva, ainda não provinham um bom esconderijo. A floresta de árvores altas e espaçadas apenas criavam obstáculos no caminho, como se não já não fosse difícil o suficiente correr na lama vestindo armadura completa.
Por um lado ficava feliz de não ter tido tempo de retirá-la, pelo menos assim estaria parcialmente protegido das flechas dos perseguidores. Entretanto, isso de nada adiantaria se ele fosse capturado. Avistou uma moita mais densa que poderia lhe fornecer abrigo temporário e pulou torcendo para que não chamasse atenção com o barulho. Minutos depois, cinco cavaleiros completamente armados, passaram próximos a sua procura.
A lama deixaria as marcas de suas pegadas facilmente reconhecíveis. Em breve estes ou outros cavaleiros mais atentos, retornariam para voltar a persegui-lo. O melhor a fazer era primeiro procurar algum rio próximo que servisse para despistá-los, em seguida procurar abrigo contra a chuva e a noite. Na manhã seguinte se preocuparia com comida, pois seria uma longa viagem.
Tinha que encontrar a única pessoa que acreditaria nele naquele feudo todo, o problema era que além de estar sendo perseguido por toda a guarda real e cartazes com seu retrato começarem a ser espalhados pela cidade, ele não fazia ideia de por onde começar a busca daquele que havia o colocado em todo esse problema.


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